A oralização como método de comunicação para surdos remonta ao século XVIII, quando o alemão Samuel Heinicke lançou as bases para o oralismo puro, filosofia que valoriza apenas a oralização em detrimento dos sinais. Heinicke fundou uma escola para surdos em 1778, em Leipzig.
Outro nome bastante influente para o oralismo foi Alexander Graham Bell, que defendeu principalmente este método, que explica o seu método engenhoso de instruir surdos, por meio visual, como articular palavras e como ler o que as outras pessoas dizem pelo movimento dos lábios. Ele considerava que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo era através da língua oral ou falada, utilizando treino da fala, da leitura labial (oralização) e treino auditivo.
No entanto, a história da oralização também foi marcada por controvérsias e debates. Em 1880, após o Congresso Internacional de Educação para Surdos ocorrido em Milão, a língua de sinais foi proibida em todo o mundo sendo obrigatório o uso do oralismo. Isso gerou muitas críticas e debates sobre a melhor maneira de ensinar e comunicar com pessoas com deficiência auditiva.
Hoje em dia, a oralização é apenas uma das muitas opções disponíveis para pessoas com deficiência auditiva. Cada pessoa é única e pode ter suas próprias preferências e habilidades na comunicação. É importante respeitar as escolhas e as necessidades de cada indivíduo e trabalhar para promover a inclusão e a acessibilidade para todos.
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